A
maioria dos proprietários de animais de estimação, principalmente cães e gatos,
vive verdadeiros dias de inferno ao se deparar com a situação inesperada de se
ver privada da companhia do seu bichinho, seja por furto, fuga ou simples
descuido.
Não
é de hoje que alertamos, principalmente nas páginas do facebook a que temos
acesso, sobre a necessidade e utilidade das plaquinhas de identificação dos
animais, onde conste o nome do bichinho e um telefone do proprietário. Essas
plaquinhas já abreviaram o sofrimento de muitos proprietários, pois facilitam
muito a localização do animal no caso de sumiço. Normalmente, ao conseguirem
chegar perto do animalzinho “perdido”, as pessoas prontamente ligam para os
telefones indicados nas plaquinhas e devolvem os bichinhos.
Além disso, já existem no
mercado coleiras com GPS integrado, de forma que os proprietários descobrem, em
tempo real, a localização exata do bichinho.
No
entanto, a utilização da identificação dos animais infelizmente ainda não é
regra, de forma que quando os animaizinhos somem os proprietários experimentam
dias de extrema angústia, precisando percorrer um verdadeiro calvário até a
feliz notícia de que os filhos peludos foram encontrados, quando essa boa
notícia pode ser dada.
Por
maiores cuidados que se tenha, ninguém está livre de, um dia, passar pela
situação de sumiço do seu animal. Com essas breves dicas é possível minorar
mais ainda esse risco e, mesmo se ele ocorrer, tomar as atitudes corretas na
busca pelo bichinho.
Em
primeiro lugar incentivamos a castração, por ser uma medida de extrema
importância não só por questões comprovadas de saúde e maior qualidade de vida
e longevidade dos animais, mas como importante medida contra o abandono
crescente e contra os criadores clandestinos. Se um animalzinho de raça
desaparece e ele não é castrado, infelizmente a chance de ele ser encontrado e
servir como “reprodutor clandestino” existe, para desespero dos donos
“desavisados”. E se ele for “vira-latinha”, “SRD”, a chance de procriar pelas
ruas e aumentar o número de animais abandonados é enorme. Dessa forma, por
milhares de motivos, sempre dizemos: Castre seu animal!!
Também
orientamos a, mesmo se seu animalzinho estiver acostumado, não andar com ele
por ruas, avenidas e parques sem coleira e guia. Vários animais já foram
perdidos no Parque da Redenção, por exemplo, em finais de semana de aparente
diversão até que o bichinho some da vista do dono e não é mais encontrado.
Mesmo que o animal seja “educado” a andar ao lado do dono, ele não está livre
de sofrer ataque de outro animal e sair correndo, de forma que seus donos não
conseguem mais alcançá-lo. E assim desaparecem!
Procure
cercar bem seus pátios, para que o animal não tenha acesso à via pública (a não
ser nas horas de diversão e passeios, e devidamente acompanhados). Muitos
animais se assustam com foguetes, fogos, e assim saem correndo desesperados
pelas ruas. Além do mais, animais machos não castrados tendem a seguir
eventuais fêmeas que passem pelo local, desaparecendo facilmente da vista dos
seus donos. Para os gatos, principalmente de apartamentos, a orientação
imprescindível é cercar todas as janelas de acesso às ruas.
Se
for viajar e precisar deixar seu animalzinho em algum local, certifique-se,
entre outros, sobre as condições de segurança do lugar. Ás vezes é preferível
deixar seu animalzinho hospedado em alguma clínica ou sítio, com pessoal
capacitado e treinado para cuidar dos animais, do que deixá-lo aos cuidados de
algum amigo ou parente que não tenha experiência. Infelizmente temos vários
casos de animais que foram deixados com parentes e, no primeiro descuido,
sumiram, não por maldade da pessoa, mas simplesmente por inexperiência mesmo.
Mas,
independentemente do motivo do sumiço, algumas atitudes são importantíssimas, e
devem ser tomadas já nas primeiras 24 horas, aumentando, assim, as chances de
localizá-lo próximo ao local de onde sumiu. Sabemos que animais perdidos
caminham muito, andam rápido, correm, e às vezes são encontrados muito longe de
onde desapareceram, por isso a ação rápida é muito eficaz.
1) Produza cartazes com fotos do bichinho,
informações do local de onde sumiu e telefone de contato, e comece espalhando
pela vizinhança. Quem puder deve também bater de porta em porta, pois às vezes
alguém pode ter visto o bichinho pelas ruas e tem condições de informar onde
ele foi visto.
2) Se possível, também informem as rádios,
jornais e emissoras de televisão, pois o alcance se torna maior ainda.
3) Divulguem o caso nas páginas específicas da
internet e em grupos e comunidades do facebook destinadas ao auxílio animal.
Sou uma das administradoras
de uma das maiores páginas de informação animal de Porto Alegre e sei que, muitas
vezes, informar de “qualquer jeito” equivale a “não informar nada”. Por isso,
nesse aspecto em específico irei me deter de forma mais pormenorizada,
orientando sobre a forma mais rápida e eficaz de fazer as notificações de
animais “achados e perdidos”, permitindo que as postagens sejam compartilhadas
com o maior número possível de pessoas, páginas e grupos e, assim, aumente
muito as chances de reencontro entre animais e proprietários.
Para
que um animal seja reconhecido são necessárias informações básicas nessas
postagens. Para tanto é imprescindível o envio de fotos e a descrição do
animal, dizendo se ele usava coleira, se tem alguma característica física
diferenciada, o sexo do bichinho, se era castrado e, principalmente, um
telefone de contato. Muitas pessoas tem boa vontade e divulgam nas páginas do
facebook os casos de desaparecimento ou localização, mas não informam telefone
de contato. A ausência de telefone dificulta bastante a localização dos donos,
pois só a indicação do perfil facebook de onde a informação foi dada não é suficiente,
e informações valiosas se perdem. Portanto, a indicação do TELEFONE é de
fundamental importância, além de agilizar o processo de localização, contato e
reconhecimento entre animais e proprietários.
Muitas
pessoas, outros grupos e páginas costumam compartilhar os casos de procura
pelos bichinhos, ou os casos de bichinhos encontrados pelas ruas. Se as
informações estiverem claras o “cruzamento” de dados acaba sendo mais rápido.
Por isso, ao informar o desaparecimento de um bichinho, ou que algum foi
encontrado, procure dar informações completas e precisas.
A
rede de proteção animal tem crescido a olhos vistos, e é graças ao maior
engajamento das pessoas que isso tem se tornado possível. Por isso é importante
que as pessoas conheçam e curtam as páginas especializadas na ajuda animal,
para que assim possam receber as informações de animais achados e perdidos.
Muitas
pessoas ficam com receio de dar informações completas sobre os seus bichinhos,
ou publicar telefone de contato por receios diversos. Tem medo que as pessoas
prestem informações falsas, exijam preço de resgate, ou coisas do tipo. Quanto
a isso digo o seguinte: esse risco sempre existe, pois a maldade ainda é uma
chaga da nossa sociedade. No entanto, particularmente penso que esse é um risco
necessário, pois quem ama o seu bichinho e, como eu, trata-o como filho e
membro da família, sabe que vale tudo na busca pelo reencontro. Respeito as
opiniões contrárias, mas administrando a “Animais Perdidos em Porto Alegre”
sabemos da efetividade das informações claras.
E
se encontrar um animalzinho perdido, vagando, doente, pelas ruas, não tenha
medo, AJA!! Se não puder fazer o resgate e levá-lo para sua casa ou de algum
conhecido e depois divulgar, pelo menos tente tirar fotos do bichinho e
informar o local onde ele está, para que, publicando o caso, algum “anjo de
pernas” se dirija ao local para salvar o “anjo de patas”. E, nunca é demais
salientar: informe um telefone!! Alguém pode precisar de informações mais
precisas, que só poderão ser dadas por quem presenciou o fato.
Muitos
casos de reencontros poderiam ser relatados, mas um deles representa a
importância das informações claras: Fomos avisados certa manhã que um chow-chow
estava vagando desde a madrugada numa das ruas do Bairro Jardim Botânico. Como
moro relativamente perto, fui pessoalmente procurar o bichinho, tendo andado
por quase duas horas atrás dele, sem notícias. Até então, não tínhamos recebido
o “cruzamento” de informações, com os dados da pessoa que o estava procurando.
Esse cruzamento só aconteceu mais tarde e só foi possível graças ao trabalho da
equipe e aos compartilhamentos dos curtidores da página, de forma que, ao final
da noite, conseguimos o telefone da pessoa que o estava procurando. Uma
curtidora da página havia avistado o chow-chow na Avenida Protásio Alves, perto
do Sesc, passada das 22 horas. Entramos em contato com a proprietária, e o seu
filho foi correndo ao local, resgatar o integrante da família “fujão”.
Final feliz, graças às
informações precisas, principalmente o número do telefone, que nos permitiu
contato instantâneo com a proprietária, de forma que puderam localizar o
cachorro antes que ele fosse mais longe ainda. Entendem a importância do
telefone?
Mas
a maior ajuda ainda se dá através dos COMPARTILHAMENTOS de casos. Sempre
dizemos na página: “Curtir é legal, mas é compartilhando que os animais voltam
prá casa”. E essa é a maior verdade!! Se você compartilha os casos no seu
perfil do facebook o maior “risco” que corres é alguém reconhecer o bichinho e
poder ajudar. Afinal, não é isso que queremos? Para todas as pessoas que querem
ajudar na causa animal e não sabem como, essa é a primeira atitude: curtir as
páginas e compartilhar os casos! É assim que vidas são salvas, que animais
voltam para casa!! Faça sua parte: Não é preciso ser protetor para ajudar na
causa animal!
Flávia é advogada e colaboradora de diversos
grupos da causa animal de Porto Alegre e região metropolitana, e uma das
administradoras da página “Animais Perdidos em Porto Alegre”.
https://www.facebook.com/flavia.nogueiralagemann
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